Me, myself and i

stash-1-511ff566cf1e6Não entendo o paralelo feito pelo João Labrincha entre o QSLT e o Podemos Falar. O QSLT reunia à porta fechada, o Podemos Falar fez todas as suas reuniões abertas a quem nelas queira participar. O QSLT tinha muita gente do BE e do PCP, o Podemos Falar nem pouco mais ou menos. O QSLT tinha uma política de veto, o Podemos Falar não pede cadastro à porta. Um servia para convocar manifestações o outro pondera fazer política de base e, ainda que tenha os olhos postos numa saída organizativa, esse debate decorrerá em aberto numa Assembleia Cidadã a realizar nos dias 13 e 14 de Dezembro. Com toda a sinceridade o único paralelo possível entre os dois processos é a azia do João Labrincha e, eventualmente, a ideia algo disparatada de se imaginar um Podemos feito à sua imagem e semelhança. Inaugurada a novela aguardam-se os próximos capítulos sem grande entusiasmo.

9 opiniões sobre “Me, myself and i

    1. Que há um grupo de afinidade de pessoas que se organizou para lançar os debates e as reuniões? Sei, claro. Mas que tem isso que ver com um Comité Central, sobretudo se as reuniões são abertas e deliberativas? Não sei se dará frutos, mas está necessariamente mais perto de o fazer do que na data da Geração à Rasca (ou, por outras razões, do QSLT), quando sequer se dispunham a discutir a política do chamado e os convidados eram apenas e só para tratar da segurança da manifestação e colar cartazes, não?

      Em todo o caso João vejo que não respondes a nenhuma das provocações. Concluo que seja por admitires que de facto os paralelos que fazem são contra-factuais.

      Não deixo de te perguntar se o Podemos no estado espanhol ou a Associação 25 de Abril também não têm sinais de dirigismo e, ainda assim, tu gostas. Não será que o problema não está no dirigismo mas antes na dinâmica que esse dirigismo gera ou não?

  1. eu entendo. é só assistir às reuniões abertas e ver os “profissionais da emancipação popular”, ideia um pouco Leninista esta dos revolucionários profissionais, não? se conseguires que na mesa da Assembleia não esteja nenhuma cara que tivesse estado no palco das manifs do QSLT pode ser que isso se torne algo não manipulado. nesta altura é difícil acreditar e muito fácil fazer o paralelo que o João Labrincha faz.
    outra crítica que faço, que se calhar se deve ao facto da crise estar a ser particularmente cruel comigo e isso me tenha feito perder o sentido de humor, mas uma gira sorridente e com a postura errada descredibiliza a coisa. a J do QSLT que acabou como candidata a deputada do PE pela CDU by the way, era melhor. esta perde-se em Congressos de Madrastas ao mesmo tempo que se propõe encabeçar o “alargamento” do movimento Podemos Falar . eu vou tentar ir à Assembleia pq tenho o hábito de dar o benefício da dúvida…mas confesso que vou de pé atrás…sorry…pq eu até gostava de acreditar :)

      1. os círculos de afinidade é vos lixam…tb há um círculo de afinidades entre o Sócrates e o Costa e o Passos Coelho e o Relvas….todos bons amigos!
        não há processo inovador (e eu ainda não vi nada q confirme esta frescura) que faça alguém ignorar com quem está de facto a lidar

    1. Porque razão as pessoas do QSLT não podiam participar? Não consta que o Podemos tenha impedido de participar as pessoas do 15 M. Só gente sectária e pouco inteligente deita fora um património em que participaram milhões. São mais uma vez gente que tem da política a concorrência das pequenas quintinhas em vez de batalhar contra a casta que manda no país.

  2. Aqui está uma boa resposta a dar. É a transcrição do email que recebi de um amigo que como eu está no Junto Podemos para ver se é desta:

    “Acredito que já tenhas visto a resposta do Renato ao labrincha.

    Me, myself and i

    Todos sabemos que a esquerda não é unida. E isto diz tudo. Não é uma característica da esquerda, é uma característica da nossa sociedade. O activismo também não é unido.
    Se nos propomos a fazer diferente, façamos diferente.

    Se a esquerda fosse unida, há muito que não viveríamos neste tipo de sociedade (pelo menos tão neo, tão mercados, tão capital, tão tanta coisa).

    Se o activismo fosse unido já havia um “Podemos” Português desde 2011.

    Nós propomo-nos fazer diferente: façamos!

    Unamo-nos ao Labrincha e a todos os movimentos que pretendam destruir a corrupção sistémica deste país e lutar por um país melhor. É esta a minha opinião.

    Tás a ver João Labrincha a liberdade com que se pensa no Juntos Podemos?. Bora daí! Deixa-te de coisas, que todos não somos de mais. Vamos todos fazer isto.

    1. O Podemos, se alcançar o poder ,não tardará nada a ser cooptado,tal como o Syriza,ou o PT do Brasil-é ‘algo’ que está inscrito nos genes…………..

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