Uma crónica de Verão à Miguel Esteves Cardoso

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MEC é dotado de excelente auto-imagem. Não se preocupem os mais preocupados.

A água do mar reluzia o dia inteiro à espera da sua chegada. Antónia era sempre divertida, sobretudo quando trazia a mãe…

A areia, qual pó-de-ouro, deixava os rostos de todos felizes. As gaivotas voavam com mestria. Nem pareciam pombos grandes.

Volta e meia o pregão da bola, com creme ou sem, aguava a boca até dos menos gulosos. O cheiro a maresia enchia a alma. A alma, por sua vez, devolvia a maré à maresia.

O som do vento parecia Wagner, o da turba Tony Carreira e o dos espanhóis flamengo refinado.

Gosto muito das férias de Verão apesar de ter que fazer estas crónicas. A Antónia detesta e como a Antónia detesta eu também não gosto muito. Gosto sobretudo das coisas que a Antónia gosta, porque o gosto de Antónia foi bem esculpido pelo gosto da mãe.

Agosto, a gosto, aproxima-se do fim. Uma tristeza muito forte invade-me o ânimo e decido ir passear ao longo do mar.

Espero não ter esquecido de dizer que a areia parecia pó-de-ouro.

É sempre tão difícil voltar.

5 opiniões sobre “Uma crónica de Verão à Miguel Esteves Cardoso

  1. “Agosto, a gosto, aproxima-se do fim.” MEC ainda tem 2 ou 3 dias (até ao fim do mês) para poder utilizar numa das suas crónicas esta pérola linguística que enche muito bem qualquer chouriço jornalístico. Vá lá MEC!

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